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Começa assim o livro de Manuel Antônio de Almeida, o único que teve tempo de escrever em seus trinta anos de vida. Memórias de um sargento de milícias. Livro que escreveu aos 20 anos. O rei em questão era o nosso D. João VI, portanto a história se passa entre 1816 e 1821, tempo em que D. João exerceu de facto as funções de rei. Antes era apenas o príncipe regente, no impedimento de D. Maria I.
O prefácio da edição que tenho em mãos foi escrito com muita graça por Ruy Castro. E ele diz, comentando a idade do autor, "como se podia ser tão absurdamente jovem?"
O livro mostra, com rara felicidade, como viviam, e se viravam, os habitantes desta cidade do Rio de Janeiro, cheia de percalços. A linguagem do livro é direta, simples, bem humorada. Poderíamos dizer que é a voz do povo. E lá está o personagem Major Vidigal, uma espécie de chefe de polícia implacável naqueles tempos, que acabou dando nome ao Morro do Vidigal, aqui perto de onde moro.
Segundo nos conta Ruy Castro, o Maneco era um jornalista convicto, talvez o primeiro a dedicar-se em tempo integral à profissão. Havia estudado medicina, mas nunca praticou. Escreveu o seu livro no formato de folhetim, publicado como uma novela em capítulos semanais no jornal carioca Correio Mercantil.
O livro é daqueles que muitos falam, todos já ouviram falar, e poucos realmente leram o texto integral. Vale a pena ler.

(19 de junho de 2017, em homenagem a Lucílio Oscar Dias Vieira, no seu primeiro ano de falecimento)

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