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 Com todo respeito, é preciso resgatar o Rio de Janeiro de antigamente. Chega de notícia ruim. Hoje fui até a Rua Teixeira Mendes, no alto de Laranjeiras, um recanto bucólico, e fiquei pensando nisso. O livro de Jô Soares (publicado em 2011), As Esganadas, mostra muito deste Rio que amamosDescontraído, alegre, bonito.
 Um dos cenários do livro é o Beco dos Barbeiros, construído no século XVIII, junto com a Igreja do Carmo. Fica entre a Rua Primeiro de Março e a Rua do Carmo propriamente dita. Ganhou este nome porque era onde diversos barbeiros de rua ficavam à espera dos fregueses e exerciam seu ofício na época colonial. Já teve outros nomes, mas foi o Governador Carlos Lacerda que, finalmente em 1965, restaurou a antiga denominação. Hoje é mais conhecido como o endereço do restaurante Escondidinho.
  No livro de Jô lá ficava uma botica de um paraguaio que se dizia indiano e que vendia umas estranhas pílulas para emagrecer ou engordar, conforme o desejo da ilustre freguesia. E é de lá que surge, na penumbra, um dos personagens mais interessantes do livro, o português Esteves (sem metafísica) que teria sido amigo de Fernando Pessoa, para dar um fim à história.
  Uma vez fui a uma missa na Igreja do Carmo e, ao chegar, notei que a sola do meu sapato estava despregando. Passei a missa toda agoniado pensando onde encontraria um sapateiro aqui no centro da cidade para quebrar meu galho. Acertou. Foi lá mesmo no Beco dos Barbeiros que um sapateiro solícito, daqueles que sabem como meu amigo Sarmento o que é sovela, acabou com a minha angústia em dois tempos.
  O livro cita muitas outras relíquias desta nossa cidade, como o Teatro Municipal e a capela do Mosteiro de Nossa Senhora dos Anjos da Porciúncula, na Rua do Jequitibá (na Gávea), onde nossos netos foram batizados. Viva Rio!
(7 de outubro de 2017)


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