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A Editora Vega, de Belo Horizonte, promete-nos uma reedição deste livro, ainda em comemoração aos cem anos de nascimento do autor, que ocorreu em 2013. Enquanto isso, leio esta edição antiga. A família Mata Machado fazia parte da minha ampla vizinhança, com a casa de seu Aires ali na esquina da avenida Afonso Pena com rua Piauí. Comecei minhas leituras com Aires da Mata Machado Filho, este extraordinário e surpreendente filólogo e folclorista. "Moro em Belo Horizonte, mas vivo em Diamantina". Agora, um pouco tardiamente reconheço, tenho o prazer de ler outro expoente desta família privilegiada. Edgar de Godoi da Mata-Machado, jornalista, editorialista, político, pensador católico, antigo professor da Faculdade de Direito da UFMG, deputado e senador da República. E, pela primeira vez, leio reflexões sobre os acontecimentos do ano em que nasci, em plena Segunda Guerra Mundial, escritas no calor do dia seguinte por um intelectual de profunda formação humanista, discípulo de Maritain, Bernanos e Alceu Amoroso Lima. Edgar de Godoi foi o primeiro secretário de cultura de Minas Gerais, e um seguidor de Milton Campos. O autor publicou grande parte desta coletânea de artigos no jornal mineiro O Diário, que em certa época pensei fazer parte da nossa família, tamanha a intimidade que tínhamos com o jornal onde meu irmão foi também jornalista. Nestes tempos de tanta desilusão com a classe política, faz bem verificar que já tivemos pessoas íntegras e sérias atuando no sentido de nos legar um Brasil melhor do que receberam. Editora Vega, não tarde mais esta reedição. Este livro merece ter outros leitores na atualidade.
(Memorial de Idéias Políticas, Edgar de Godoi da Mata-Machado, Editora Vega)
16 de julho de 2014

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