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A cidade de Tarrytown, no estado de Nova York e às margens do Rio Hudson, oferece muitas atrações, ela que é uma das mais antigas cidades americanas. Foi lá que as tropas de George Washington ficaram acantonadas, na Guerra da Independência Americana. Em certa época, meu prazer era andar por suas ruas quase vazias à hora do almoço, e minha parada obrigatória era uma pequena livraria que existia na North Broadway, onde eu garimpava livros de autores independentes (já naquela época) e pequenas editoras. Os livros quase sempre falavam das coisas e tradições do vale do Rio Hudson. Foi lá que encontrei, pela primeira vez, livros e mais livros sobre Washington Irving e a sua lenda de Sleepy Hollow (aqui traduzida como a Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça), escrita em 1820. Nesta lenda, muitas cenas se passam em torno da Old Dutch Church, uma relíquia construída em 1685 pelos colonizadores holandeses, os mesmos que se estabeleceram na ilha de Manhattan (e fundaram a Nova Amsterdã), e talvez dentro do mesmo projeto da Companhia Holandesa das Indias Ocidentais, que os trouxe a Pernambuco, no Brasil.

Este pequeno templo, todo de pedra, é a mais antiga igreja existente no estado, e foi considerado monumento nacional dos Estados Unidos. O próprio Irving foi enterrado no cemitério ao lado da igreja, este também uma atração à parte, com todos os túmulos cadastrados para facilidade do visitante.

O conto Legend of Sleepy Hollow (que deu origem ao filme americano de 1999) trata de uma disputa amorosa por uma jovem, filha de um rico fazendeiro, entre dois habitantes de Tarrytown em 1790. De um lado um esguio mestre escola, Ichabod Crane, e do outro um valentão local, Abraham Van Brunt. Quando Ichabold volta de uma festa na casa da donzela, é perseguido por um cavaleiro sem cabeça, pressupostamente um alemão que lutou na Guerra de Independência Americana. Ichabold fica tão apavorado que desaparece misteriosamente da cidade, e a jovem Katrina casa-se com o valentão. O autor não esclarece, mas tudo leva a crer que o cavaleiro era mesmo Van Brunt fantasiado.

Esta lenda continua até hoje a fazer parte do folclore e das festividades locais.

(11 de agosto de 2014)


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