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Outro dia, em Petrópolis, deixaram este livro no chalé que estávamos ocupando, com uma linda mensagem. Foi uma surpresa da Fernanda. A primeira vez que recebi de presente um livro de Vinicius de Moraes foi no meu aniversário de 18 anos (Antologia Poética) e me foi dado pela menina da casa ao lado. Muito tempo depois fui morar na Rua Lopes Quintas, rua em que ele nasceu. E fico sabendo pelo livro Todo Amor que sua primeira esposa, casamento por procuração, era neta do Almirante Custódio de Mello, que deu o nome ao navio que me levou pela primeira vez ao Canadá. Vinicius escreveu uma carta aos pais (morava em Oxford nesta época) comunicando o casamento e pedindo que recebessem a esposa em família.
Vinicius é o poeta da minha predileção. Não foi por outra razão que Fernanda garimpou na Livraria Timbre este livro para nos dar de presente, em uma data tão significativa. Então, peço licença para transcrever estes versos que foram escritos há exatamente 80 anos:

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

(Soneto da Separação, Vinicius de Moraes, 1938)

(13 de fevereiro de 2018)

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