Algumas vezes acontece de algum livro de autor independente me cair nas mãos. Este me foi trazido por dona Maria Varandas, moradora do bairro do Jardim Botânico (Rio de Janeiro). Guiães, vila portuguesa pertencente ao concelho de Vila Real, em Trás-os-Montes, tem muitas histórias. Algumas muito antigas, da época dos romanos, outras do domínio espanhol, outras mais recentes do tempo da imigração para o Brasil. O autor João Pedro da Fonseca Timpeira, além de poeta, deu uma excelente contribuição para manter as tradições de sua terra. Recolheu histórias que passam por gerações, muitas envolvendo personagens conhecidos da Vila. Mostra pessoas simples, trabalhadoras do campo, religiosas e também crentes em superstições. Mostra o povo como ele é.
Guiães aparece em um dos meus livros preferidos de Eça (ganhei de presente de minha irmã quando tinha quinze anos). Está lá no A Cidade e as Serras. A terra do personagem José Fernandes.
Diz o autor Timpeira: "Desde o tempo de D. Maria II que já não se enterram os ricos na Igreja e os pobres no adro, é obrigação enterrá-los no cemitério..."
As igrejas coloniais em Minas também tinham este costume, encerrado por uma imposição sanitária. Meu antepassado Custódio José Dias foi sepultado na Igreja de Nossa Senhora das Dores de Alfenas. Em Sabará, a Irmandade do Carmo criou um cemitério exclusivo do outro lado da rua, e com isso encerrou este negócio de sepultar no piso da igreja.
Em outro ponto diz o autor: "Ninguém pode mudar as nossas aldeias, elas são o que são e está bem assim." Queria tanto que minha terra fosse a que foi, mas no Brasil há uma mania de mudar tudo.
Guiães é mesmo muito antiga. Recebeu foral em 1202, por ordem do rei D. Sancho I. Em 2011 possuía apenas 478 habitantes.
(16 de julho de 2017)
E que tal receber as atualizações do nosso blog por email? Para assinar clique aqui
Guiães aparece em um dos meus livros preferidos de Eça (ganhei de presente de minha irmã quando tinha quinze anos). Está lá no A Cidade e as Serras. A terra do personagem José Fernandes.
Diz o autor Timpeira: "Desde o tempo de D. Maria II que já não se enterram os ricos na Igreja e os pobres no adro, é obrigação enterrá-los no cemitério..."
As igrejas coloniais em Minas também tinham este costume, encerrado por uma imposição sanitária. Meu antepassado Custódio José Dias foi sepultado na Igreja de Nossa Senhora das Dores de Alfenas. Em Sabará, a Irmandade do Carmo criou um cemitério exclusivo do outro lado da rua, e com isso encerrou este negócio de sepultar no piso da igreja.
Em outro ponto diz o autor: "Ninguém pode mudar as nossas aldeias, elas são o que são e está bem assim." Queria tanto que minha terra fosse a que foi, mas no Brasil há uma mania de mudar tudo.
Guiães é mesmo muito antiga. Recebeu foral em 1202, por ordem do rei D. Sancho I. Em 2011 possuía apenas 478 habitantes.
(16 de julho de 2017)
E que tal receber as atualizações do nosso blog por email? Para assinar clique aqui
1 Comment:
Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Ricardo Salada Caldeira