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É difícil imaginar-se, hoje, uma cidade como São Paulo ser chamada de "a capital da solidão". Mas o extraordinário livro de Roberto Pompeu de Toledo nos apresenta uma São Paulo dos primórdios até o fim do século XIX. Primeiro, uma tentativa de subir a montanha, sair de São Vicente, e atingir o planalto. Depois uma pequena povoação, o Colégio, os jesuítas. A principal atividade era buscar riquezas no sertão, e escravizar índios para todo o trabalho. Muito depois veio a Faculdade de Direito, numa cidade de escassos 30 mil habitantes, e a cidade ganhou vida nova, dinamismo. E finalmente, chegou o café, vindo do Vale do Paraíba. Com ele a criação da São Paulo Railway, a Estação da Luz, o crescimento, a exportação. São Paulo durante séculos foi menor e mais insignificante do que o Rio de Janeiro, Salvador, Recife e até São Luís. A revolução liberal de 1842 (veja nossa postagem sobre ela aqui) trouxe a vontade da autodeterminação. A província, a este tempo, incluía as terras do Paraná. Diz o autor, que a separação do Paraná, uns dez anos depois, foi de certa forma uma retaliação conservadora à revolução liberal. São Paulo mostrou, então, a sua vocação industrial, o seu crescimento acelerado, até tornar-se a metrópole que conhecemos hoje.
Muito bom de se ler este livro, com a linguagem clara e simples do autor, que a todo momento nos faz lembrar de personagens que foram citados anteriormente. Como dona Maria Paes de Barros, nascida em 1851 e autora de vários livros. E também da famosa dona Veridiana, que empresta o nome a uma excelente casa de massas, onde fui uma vez jantar com a família Proudian.

(2 de novembro de 2018, em homenagem aos falecidos de nossa família, que já são muitos)

Veja um pequeno roteiro neste blog:  Conheça São Paulo

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