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Cada um tem uma preferência. Eu prefiro a Bento Velho, de Conceição do Mato Dentro. Tio Alfredo prefere a Germana de Nova União, porque a cidade lembra de Joana. Antônio Augusto e Lucílio preferem a Seleta, de Salinas. E tem gente que ainda prefere a Canarinha, Vale Verde ou a famosa Havana. Mas o fato é que a cachaça, realmente, tem o espírito mineiro. Há muito tempo deixou de ser bebida de boteco, do Mercado Central, e se transformou em relíquia dos salões. E com isso, naturalmente, o preço foi lá para as alturas. Uma autêntica Havana, dos tempos de Anísio Santiago, vale uma fortuna. Pois foi a bibliófila Clarissa que foi encontrar este livro maravilhoso de José Lúcio Mendes e me deu de presente.  Diz o livro que as Terras Altas de Minas Gerais produzem, em seus quase nove mil alambiques, a mais apreciada cachaça do Brasil. Prestaram a atenção? Nove mil alambiques. Isto dá para abastecer todo o continente americano, e ninguém botar defeito. Tequila, rum, bourbon? Não dão nem para a saída. Eu e tio Alfredo só abrimos uma exceção para o Steinhager de Porto União - SC. Portanto, meus amigos, vamos beber cachaça, moderamente é certo, mas cachaça de Minas. Por favor. E logo no início do livro tem este texto de Alceu Amoroso Lima, que acho perfeito.
"Tudo em Minas se faz sem pressa. O tempo não conta. Fazem-se as coisas para permanecer, não para aparecer..."

(Livro "Cachaça o Espírito Mineiro", de José Lúcio Mendes Ferreira)
(21 de outubro de 2014)

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