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Acabei de ler este livrinho em dois tempos, na minha reclusão pandêmica. Uma edição muito interessante da Grua Livros, edição de 2016. Mais um livro póstumo de Eça, cuja primeira edição na década de 1920 sofreu alguns cortes feitos pelo filho do autor, segundo dizem. Trata-se de um gênero literário conhecido como novela. Nem tão curto para ser classificado como conto, nem tão longo para ser um romance. Mas é, digamos, delicioso. Eu não me canso de ler os livros de Eça de Queiroz. Aqui mesmo neste blog já falei da coleção de cartas trocadas dele com a esposa, da Cidade e as Serras e dos Maias

Este livrinho de 126 páginas pode ser lido numa viagem de avião, ou de trem, o que suponho ainda existir em Minas. Como em vários outros livros do autor, ele faz uma fina crítica da sociedade portuguesa do século XIX. O personagem principal, Godofredo Alves, é casado com Ludovina, filha do Neto. Todos moram perto do Chiado. Na firma, Godofredo tem um sócio, o Machado, mais jovem que ele, e por quem nutre uma verdadeira amizade. De repente, Machado é surpreendido, às 3 horas da tarde de uma sexta-feira, com Ludovina nos braços, na própria casa do Alves. Daí segue-se um drama, em que Godofredo planeja como matar o Machado num duelo, ou mesmo um suicídio por insólito sorteio, recusado pelo oponente. Ludovina é remetida para a casa do pai, um espertalhão, que trata de negociar várias benesses para manter tudo em sigilo. E por aí vai a história.

Espero que quem ainda não leu, sinta vontade de ler.

Carlos G. Vieira

(2 de novembro de 2021, dedicado a todos os meus parentes e amigos falecidos)

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