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De repente, voltei à infância. Peguei aqui na estante um livro editado em 1960 pela Editora Brasiliense, aquela em cuja loja na Rua Oscar Freire (São Paulo) folheei, várias vezes, os livros de Monteiro Lobato e admirava os originais das ilustrações de Belmonte na parede. Já não me lembrava de mais nada e, por isso, foi uma leitura pela primeira vez. Fantástico. Uma viagem à Grécia Antiga e um aprendizado dos diversos personagens históricos e lendas, principalmente os apresentados por Dona Benta. Uma viagem no tempo, do Sítio do Picapau Amarelo até a Hélade grega.

Começa com um encontro casual com Fídias, famoso escultor grego, a caminho da casa de Péricles. Lá Dona Benta causa enorme espanto pelas coisas que relata, inclusive a destruição, no futuro, da civilização grega, e é, inicialmente, tomada como uma vidente. Já comecei tendo que pesquisar o que significa a palavra estrátega. Depois, Dona Benta e Narizinho se tornam hóspedes na casa de Péricles e se dão muito bem com Aspásia, esposa de Péricles.

Mas a razão da ida da turma do Pica Pau Amarelo até a Grécia Antiga foi para encontrar Tia Nastácia, desaparecida em evento descrito em outro livro. Então, Pedrinho, Emília e o Visconde (sempre carregando nas costas um bauzinho da Emília) partem para aventuras em outro século, fazendo uso do famoso pó de pirlimpimpim. E realizam uma missão impossível para mortais, pelo menos naquela época. Hoje seria moleza. Sobem até o Olimpo, onde espreitam os deuses e Emília (sempre ela) consegue uma amostra do néctar dos deuses e da ambrósia. Ambrósia que ela compara com curau de milho verde.

Depois, o leitor é apresentado aos doze trabalhos de Hércules, enquanto Dona Benta fica conhecendo nomes de respeito da cultura grega: Sófocles, Eurípedes, Sócrates e outros. A trinca em busca de Tia Nastácia, finalmente, consegue uma pista no Oráculo de Delfos. Tia Nastácia estava em Creta, no labirinto do Minotauro, fazendo os seus famosos bolinhos para satisfação do já obeso personagem. E ela, finalmente, é salva e volta para o convívio em Atenas.

Fiquei muito feliz com esta descoberta e impressionado com a escrita de Monteiro Lobato. Vale a pena revisitar.

(Livro O Minotauro, de Monteiro Lobato, edição da Editora Brasiliense, 1960)

Carlos G. Vieira  (31 de agosto de 2025)

Já pensou em adotar um mentor mais jovem?                                                                                                                                   


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mentoring é uma das coisas mais fascinantes e difíceis de serem implementadas em uma corporação. Quem pode dispor de tempo para orientar e ensinar os talentos mais jovens, quando nem sabemos se eles vão permanecer na empresa pelos próximos dois anos? Infelizmente, isto é verdade. Mas mesmo assim, corporações que se preocupam em formar seus talentos executivos continuam concedendo uma atenção especial ao processo de mentoring. Na IBM, por exemplo, era bem conhecido o programa shadow, onde um potencial para alta gerência era designado para acompanhar o dia-a-dia de um executivo, e com isso ter uma visão privilegiada do que acontece nos altos escalões.

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Camila, aquela mesma a quem sugeri, há muito tempo, que morasse na Rua das Janelas Verdes, em Lisboa, e que documentou para este blog o Marco do Chão Salgado, agora nos mostra o Palácio Pimenta. Segundo ela, é um local turístico imperdível que ninguém conhece.

O chamado Palácio Pimenta é um dos cinco núcleos do Museu de Lisboa, e fica exatamente em Lisboa no Campo Grande, 245, não muito longe da Avenida do Brasil e da Avenida de Roma, de tantas recordações para mim. Fazia parte de uma quinta no século XVIII.

Segundo o que nos disse Camila, em vídeo do Youtube, o Palácio Pimenta, que ela apelidou de jardim dos pavões, fazia parte de quinta senhorial, chamada Casa da Quinta da Pimenta, Casa da Madre Paula e Palácio Galvão Mexia. A entrada é livre para conhecer os jardins, cheios de pavões, e a exposição fixa de Bordallo Pinheiro, artista português multifacetado, como disse Camila. E como o nome da série de vídeos revela, ela nos mostra um lugar calmo e muito bonito para se tomar um café nos jardins do Palácio Pimenta. Um café do Sul de Minas, claro.

Camila, que mora há muitos anos em Lisboa, vem fazendo um excelente trabalho de divulgação de lugares pouco conhecidos dos turistas brasileiros, mesmo no Chiado, parada obrigatória. Ela também foi a Nazaré e mostra como tudo pode ser feito sem maiores dificuldades. E em Alfama, onde uma antepassada dela foi medideira do pão, nos dá uma ideia do chamado Fado Vadio.

Os vídeos da Camila podem ser encontrados em Coffee For Friends, no Youtube.

Quer conhecer outras coisas de Lisboa? Também temos.

Cheira bem, cheira a Lisboa...     Rua das Janelas Verdes

Carlos G. Vieira (22 de agosto de 2025)


 Nestes tempos conturbados em que estamos vivendo, fui fazer uma releitura do aclamado livro de Philip Roth American Pastoral, publicado em 1997. Este livro deu origem ao filme de mesmo nome de 2016. Devo dizer que é um livro pesado, denso, deprimente em certo sentido. Uma família americana do pós-guerra de 1945, em New Jersey, constituída por um judeu, uma católica e uma filha (Merry), que acaba se tornando uma jainista, e vivendo num quarto imundo em Newark, depois de alguns atentados a bomba e algumas mortes.

O livro nos faz pensar, como vários outros do mesmo autor, sobre a evolução da sociedade americana. Uma luta constante para se subir na vida, conquistar espaços, sobretudo para aqueles descendentes de imigrantes ou das minorias. E a revolta da parcela mais jovem da sociedade contra o intervencionismo americano, no caso deste livro representado pela guerra do Vietnã. Uma boa reflexão para os tempos atuais.

Quais os personagens que mais chamaram minha atenção? A personagem Dawn (que foi Miss New Jersey), casada com Swede, Lou Levov (pai de Swede), e Rita Cohen, uma personagem estranha, não muito explicada no livro, com diversas intervenções ao longo da história.

Este livro de Philip Roth ganhou o Pulitzer Prize em 1997.

Carlos G. Vieira   (18 de julho de 2025)


"As três leis fundamentais da robótica são:

    1.ª : Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal.

    2.ª : Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que entrem em conflito com a Primeira Lei.

    3.ª : Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis."   

     (Isaac Asimov)


A cada dia que passa fico mais preocupado com a tal de Inteligência Artificial. Agora, ela está em tudo. Diz meu médico que as avaliações de exames de imagem serão muito melhores quando feitas por IA, prescindindo de um profissional, naturalmente limitado por sua própria experiência. A IA poderá usar a experiência de milhares de outras avaliações. Outro dia, um amigo residente em Austin me disse que usou IA para fazer um contrato de locação, sem o uso de advogado, resultado obtido em dois minutos e de graça.
Então, eu me lembro das minhas leituras, na década de 70 do século passado, do livro de Isaac Asimov Eu, Robô, depois transformado em filme estrelado por Will Smith.
Uma vez iniciei uma palestra sobre computadores escrevendo no quadro as três leis da robótica, com a intenção de descontrair, e me surpreendi com a plateia de neófitos anotando tudo como se fosse a maior novidade da ciência, e pensei na hora: "Assim vamos mal nessa palestra".
Pois agora realmente este assunto me assusta. Já se projeta a perda de não sei quantos empregos pela adoção da IA. E a transformação está sendo muito rápida, mais do que podemos suportar. Hoje mesmo vi na TV um rapaz que desenvolveu um copiloto de avião pequeno com IA. Aperte o cinto. Quando chegarmos a Marte, como quer Elon Musk, aí então será mesmo outro mundo.

Carlos G. Vieira  (10/6/2025)

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