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Quase todos os dias passo por estas jacas, cada dia maiores, que nascem de uma jaqueira portentosa, no passeio da rua por onde caminho, e que crescem na altura da minha cintura. São minhas companheiras silenciosas, até que alguém venha colhê-las. Todos os anos é assim. O perigo é alguma destas frutas, que chega a pesar até 50 quilos, despencar lá de cima justo quando alguém está passando embaixo. Não é o caso destas da foto, porque os frutos estão muito próximos ao chão. Mas é o caso da maioria, cujos galhos muito altos se projetam sobre as calçadas. Eu mesmo tive um carro danificado, porque estacionei embaixo de uma delas e não notei os frutos abundantes. Uma jaca estava prestes a cair, caiu e afundou o teto do carro. 

As jacas são frutas típicas da India, Bangladesh e Vietnã. Acho que também já fazem parte da nossa Floresta da Tijuca, e se multiplicam na medida em que as sementes estão espalhadas pelo chão, e os animais tratam de levá-las para bem longe. Mas há um mistério nesta história. Quando chega fins de dezembro ou janeiro, não resta mais nenhuma destas frutas para se ver. Somem todas. O que me levou, anos atrás, a encomendar uma delas no edifício Meia Lua, do meu amigo Washington. Lá existem várias jaqueiras. Fui apanhar de carro e com muito sacrifício coloquei a dita cuja na nossa cozinha. Imediatamente acionei todas as mãos disponíveis e começamos a preparar um delicioso doce de jaca. E tem gente que diz que não gosta.

Carlos G. Vieira

(24 de outubro de 2024)


1 Comment:

  1. Anônimo said...
    Adorei esse texto! Me deu vontade de comer um doce de jaca e de conhecer essa imensa jaqueira.

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